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Educação: Uma questão de prioridade! - Neiva Lazzarotto

[Educação: Uma questão de prioridade! - Neiva Lazzarotto]

“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”
Paulo Freire

Vivemos em um mundo que passa por grandes transformações. Há muito tempo a humanidade através de um avanço espetacular da ciência e tecnologia pode garantir alimentos para todos, condições de vida digna, com saúde, educação, lazer e cultura. Mas não é isso que acontece. Já não são mais as catástrofes e pestes que assustam o planeta. A revolução que libertou a mente humana, fazendo com que se desvencilhasse do atraso e da ignorância, não pode parar. Agora é esse sistema a peste e a catástrofe que ameaçam o mundo. O capitalismo, com seu atual padrão de produção, distribuição e consumo, pode levar o planeta e a humanidade à destruição. Construir um outro caminho, partindo de um projeto de país articulado aos nossos irmãos latino-americanos, que supere a submissão e a dependência.
Um mundo que reconcilie a ciência, o ser humano e a natureza.
Portanto, o objetivo deste manifesto é chamar a construção de parcerias, de gente que a partir do espaço em que atuamos, a educação, possamos pensar e agir pela construção do mundo novo.
Queremos construir um movimento, que envolva aqueles que dedicam suas vidas à educação, que atue disputando em cada espaço, quer seja institucional ou social por uma concepção de educação libertadora.
Não partimos do zero. Aqui em Porto Alegre temos duas das melhores universidades do país a UFRGS e a Universidade de Ciências Médicas. Porto Alegre já foi capital da educação, de iniciativas de democracia e integração mundial. E é do espaço da educação que vem os que assinam este manifesto e defendem propostas para a educação das mais diversas áreas do conhecimento e de espaços sociais e institucionais.

Defender a candidatura de Neiva Lazzarotto, vereadora de porto Alegre, será nosso próximo desafio. Seu mandato será um instrumento/espaço de iniciativas e apoio aos educadores, a ATEMPA ao SIMPA, aos Núcleos do CPERS da capital e a Universidade Pública.
Precisamos de uma verdadeira revolução na Educação
A imprensa vem alardeando o que já dizemos há algum tempo, que vivemos hoje no Brasil um grande paradoxo. Nosso país é a 6ª economia do planeta, no entanto, ocupa o 88º lugar quando se trata de educação, e a 64º em Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Portanto, não há como mudar de rumos com paliativos. A educação no Brasil carece de uma verdadeira revolução. Para contribuir neste sentido propomos 4 pontos emergenciais:
1. 10% do PIB para a Educação Pública Já!!
Entre os 10 homens mais ricos do mundo, há um brasileiro, Eike Batista. Contraditoriamente, também temos 14 milhões de analfabetos e 20% de analfabetos funcionais. Não podia ser diferente, pois o Brasil investe só 5% do PIB em educação. Sendo boa parte na educação privada.
O governo Dilma/PT e aliados consomem quase 50% do orçamento federal ao pagamento da dívida pública - quase 1 trilhão de reais. Enquanto ínfimos 3% em educação.
Por isso e porque o país pode é que defendemos o investimento de 10% do PIB em educação pública desde já.
2. Valorização Profissional dos Educadores
Porto Alegre já foi capital da educação. Os educadores de nossa rede municipal são qualificados. No entanto, é preciso reverter o desmonte pedagógico patrocinado pela SMED.
No estado, é preciso um levante político ante o fato de o Governo Tarso não pagar o piso salarial de R$ 1.451,00 aos educadores, agravado pela ADIN que visa o rebaixamento absurdo do mecanismo de sua correção.
Porto Alegre pode. O Rio Grande tem condições. Respeito, salário digno, carreira atrativa, concurso público para todas as funções, capacitação permanente e adequada ao nosso papel social de educadores.
3. Uma escola com condições dignas de trabalho
Em nossa rede municipal, apesar de uma boa estrutura, faltam professores e funcionários para o atendimento pleno dos alunos e até assédio moral é praticado contra os que lutam. Já nas escolas estaduais, as condições pedagógicas são muito limitadas, além da falta de pessoal e turmas superlotadas. Nessas condições a qualidade da educação e nossa saúde ficam comprometidas.
Em ambas as redes, se faz urgente ouvir os educadores  para definir as políticas e garantir 1/3 da jornada para atividades pedagógicas extra-classe.
4. Maior integração do sistema: da creche, a escola, universidade e sociedade
Por fim, queremos convocar os educadores comprometidos a um novo desafio: promover a articulação rede municipal - rede estadual - universidade pública. Somos estruturas públicas, de Estado, com grande potencial humano para dar um salto de qualidade e recuperar nosso protagonismo na educação pública.

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